26 de março de 2024
Quando falamos em importar produtos da China, qual é a primeira coisa que você pensa? Deixa a gente adivinhar: algo como “cópia barata” ou “qualidade duvidosa”? Mas e se eu te provasse que o cenário atual é bem diferente?
Para começar, nas últimas décadas a China emergiu como uma grande potência industrial e tecnológica. Só em 2023, a previsão era que os investimentos em pesquisa e desenvolvimento chegassem a 328 bilhões de yuans.
Esse movimento fez com que o país alcançasse a reputação de “fábrica do mundo”, oferecendo ao mercado o mais amplo sortimento de mercadorias — desde de itens manufaturados até maquinários e matérias-primas — e o mais importante, atendendo a altos padrões de qualidade e preços super competitivos.
Diante dessa oportunidade, é cada vez mais comum que empresas recorram a fornecedores chineses em busca de melhores margens para os seus produtos e, consequentemente, maior lucratividade para os seus negócios. Para se ter uma ideia, no primeiro bimestre de 2024, as exportações da China cresceram acima da média estipulada, alcançando os 7,1%.
E a sua empresa, já investe na importação de produtos da China?
A importação de produtos na China é um processo viável para empresas de todos os tamanhos — e inclusive tem se tornado cada vez mais frequente entre pequenos e médios empreendedores.
Para começar, basta que a empresa esteja devidamente registrada, com CNPJ válido para comercialização dos produtos, e habilitada no Radar Siscomex — uma ferramenta da Receita Federal que visa regular esse tipo de operação no Brasil.
A partir disso, a empresa deverá definir qual o tipo de importação que deseja fazer:
a) se a direta, se responsabilizando pela negociação com fornecedores e cuidando de toda a demanda burocrática;
b) ou a indireta, em que contará com um ou mais parceiros que vão atuar em diferentes etapas da importação, cuidando por exemplo da fabricação, documentação e transporte.
Nesse contexto, a fim de mitigar erros com licenças, cálculo de taxas e impostos, além de simplificar o processo de um modo geral, muitas companhias optam por gerenciadoras de importação. São parceiros que vão se encarregar do processo de ponta-a-ponta.
Um exemplo deste serviço é o oferecido pela JoomPro, que conta com um time no Brasil pronto para entender as necessidades da empresa e um time na China, responsável por buscar o fornecedor ideal, acompanhar a produção — fornecendo inclusive amostras que atestam a qualidade dos produtos —, e providenciar o desembaraço aduaneiro e logística desde a fábrica até o estoque do cliente.
Apesar de envolver diversos processos burocráticos, importar produtos da China oferece muitas vantagens, a começar pelas mais óbvias: a variedade e o preço.
Os incentivos na China criam o ambiente ideal para a indústria prosperar. Isso significa uma maior oferta tanto de produtos, quanto de fornecedores. E quanto maior a oferta, maior a margem para negociação — algo que, associado à abundante mão de obra e matéria prima, representa preços muito mais competitivos do que aqueles encontrados em outros países. O resultado é uma melhor margem para as empresas, que podem lucrar mais sobre estes produtos.
Mas há ainda o fator “novidade”. Os fabricantes chineses investem em inovação e entregam este diferencial de forma consistente ao mercado. Ou seja: muitos produtos que encantam os consumidores nascem primeiro lá. E se você quer sair na frente da concorrência, é preciso “ir à China” buscar.
Outro benefício que vale destacar é a possibilidade de personalização. Ao fabricar seus produtos na China, as empresas podem aplicar sua marca própria, customizar embalagens, adaptar a mercadoria de acordo com as suas necessidades, traduzir manuais para o idioma selecionado e muito mais. Tudo isso não só proporciona uma melhor experiência para o consumidor final, como contribui para o posicionamento e o reconhecimento daquela marca.
É claro que a importação de produtos da China representa um investimento por parte das empresas. E assim como em outros tipos de investimento, é preciso avaliar riscos e estabelecer objetivos claros. Isso significa entender primeiro quais são as categorias e os produtos com maior potencial de lucratividade para o seu negócio.
Existem pelo menos duas formas de abordar essa tarefa. A primeira é olhando para dentro da sua operação, identificando quais são aqueles itens que você mais vende, aqueles que têm alta rotatividade, aqueles que saem de forma consistente o ano todo e o que melhor atende o seu público.
E a outra é investigar as tendências de mercado. Aqui vale explorar relatórios sazonais e usar ferramentas que mostrem os produtos que estão sendo mais vendidos, que permitam monitorar a concorrência e mapear o comportamento do consumidor.
Esse estudo deve apontar tanto o “terreno mais seguro” — isto é, quais são as mercadorias que vale a pena trabalhar, inclusive em maior volume —, quanto os segmentos em potencial, que poderão diferenciar sua marca, incrementar o seu portfólio e atrair novos públicos.
Uma seleção cuidadosa — que leva em consideração a demanda do mercado e a qualidade dos produtos — contribui diretamente com o sucesso do projeto de importação. Isso porque vai se refletir em um estoque que efetivamente atende às necessidades dos clientes, ao mesmo tempo que com custos menores e que se torna, consequentemente, mais lucrativo.
Uma vez escolhendo os produtos que deseja importar, sua empresa pode iniciar a busca por um fornecedor da China, consultando sites como Alibaba e Made in China. Aqui a dica é ter bem estabelecidas as especificações do produto, como dimensões, voltagem, durabilidade, entre outras características. Isso vai garantir orçamentos mais precisos.
Outra alternativa é recorrer a uma empresa de importação que poderá fazer essa consulta por você, em alguns casos inclusive sem custos. Tratam-se de parceiros especializados em comércio exterior, com a expertise necessária para garantir que o processo seja feito de forma eficiente e dentro das regulamentações.
Pronto para explorar o mercado de importações?