Planilha de Controle de Estoque:
Maximize seus Lucros

Você que fatura acima de R$50 mil no e-commerce e já notou que, conforme o volume de vendas cresce, a gestão de estoque é cada vez mais decisiva para manter a operação lucrativa. Em outras palavras, controle de estoque é fundamental para garantir que não haja falta ou excesso de itens, influenciando diretamente a capacidade de atender seus clientes com eficiência. Além disso, ter processos claros de entradas e saídas ajuda a reduzir custos operacionais, pois você evita problemas de armazenagem e não perde vendas por rupturas.

Neste conteúdo, vamos mostrar como uma planilha de controle bem organizada pode ser o ponto de partida para aprimorar a gestão logística. Você também verá quais modelos de planilhas podem ser usados para fazer o controle passo a passo, mantendo todas as informações claras sobre cada item em estoque. 

Discutiremos como uma ficha detalhada de movimentação, cadastros adequados de produtos e a definição de estoque mínimo geram maior tomada de decisão estratégica e impactam o valor total de capital investido. Finalmente, abordaremos como integrar esse recurso a um sistema de gestão ou HUB para unificar dados de vendas em diversos canais, evitando desencontros que comprometem a reputação da sua marca.

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Introdução - Controle de Estoque

Para vendas online que superam a casa dos R$50 mil, a forma de lidar com produto em estoque tem implicações na sustentabilidade financeira do negócio. Cada atraso no reabastecimento pode resultar em clientes insatisfeitos e quedas no ranking dos marketplaces; enquanto isso, armazenar itens em excesso pode bloquear recursos que poderiam ser usados em marketing ou lançamento de novos produtos. Dessa forma, entender como organizar planilhas para controle e mapear entradas e saídas de forma confiável passa a ser algo mais profundo do que apenas preencher colunas no Excel.

Gestão de estoque é também um componente crucial na reputação do e-commerce perante o consumidor. Ficar sem o item desejado, ter que mudar de fornecedor no meio de uma alta demanda ou não saber exatamente o valor total do capital em mercadorias são situações que podem travar o crescimento. 

Um e-commerce bem organizado consegue fazer o controle de cada SKU (Stock Keeping Unit), planejando o abastecimento e evitando desperdícios. Ainda que a empresa possua um sistema de gestão robusto, ter modelos de planilhas como backup e ferramenta de conferência traz segurança para a tomada de decisões.

Em resumo: para quem opera em alto volume, controle de estoque é sinônimo de previsibilidade de custos, prevenção de gargalos logísticos e consistência no atendimento. Por isso, veremos a seguir como fazer o controle de forma simples (mesmo em operações grandes), o que deve estar em uma boa planilha, quais métodos de organização existem e, por fim, como criar uma ficha de estoque para aprimorar o registro de movimentações.

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1. Como fazer um controle de estoque simples?

Ter uma planilha de controle não precisa ser algo extremamente complicado. O que importa é que ela seja prática e permita acompanhar entradas e saídas. Para operações de grande porte, uma planilha assim serve tanto como registro auxiliar quanto como ferramenta de tomada de decisão em meio à expansão. Vamos ao passo a passo:

Delimite colunas essenciais

  1. SKU (Código do produto): cada item deve ser identificado sem ambiguidade.

  2. Descrição: uma breve referência ao produto, evitando confusões com variações de cor ou tamanho.

  3. Entradas e saídas: uma coluna para cada tipo de movimentação.

  4. Estoque mínimo: o nível abaixo do qual você precisa reabastecer para evitar ruptura.

  5. Saldo atual: quantidade disponível em tempo real (pós-atualização).

  6. Valor total: se quiser acompanhar o custo das mercadorias, pode incluir fórmulas que multipliquem o custo unitário pelo saldo.

É fundamental garantir controle sobre as unidades fisicamente disponíveis e as já vendidas (mas ainda não despachadas). Algumas empresas mantêm esses status separados em abas distintas, de modo que haja um panorama claro do que deve estar reservado a pedidos em andamento.

Defina periodicidade de atualização

Em e-commerces maiores, a planilha costuma ser atualizada diariamente, ou até mesmo algumas vezes por dia, caso o giro seja alto. O importante é que todas as informações sejam inseridas de forma consistente, evitando defasagens que poderiam comprometer a confiabilidade do estoque.

Atribua responsáveis pela conferência

Crie cadastros de produtos com detalhes que vão além do básico: categoria, fornecedor, prazos de entrega etc. Nomeie um funcionário ou um time para verificar se a planilha e o sistema de gestão oficial (ERP ou HUB) estão em sintonia. Assim, qualquer discrepância é identificada e corrigida antes de gerar ruptura ou excesso.

Aplique fórmulas de automação

Mesmo com uma planilha simples, você pode automatizar cálculos de valor total do estoque, alerta de estoque mínimo e status de cada SKU, transformando os dados em indicadores úteis para planejar compras ou promoções que ajudem a reduzir custos e a vender itens que estejam parados.

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2. O que precisa ter em uma planilha de estoque?

Querendo fazer o controle de maneira mais robusta, você pode adicionar campos e colunas que ampliam a utilidade do arquivo:

Categoria ou família de produto

Separar o produto em estoque por categorias auxilia na análise de desempenho por linha. Grandes sellers normalmente têm diversos nichos: moda, suplementos, itens de decoração, etc. Ao marcar categorias, fica mais fácil decidir se determinada linha deve receber maior prioridade ou se precisa ser descontinuada por baixo giro.

Fornecedor

Saber quem fornece cada item ajuda na hora de renegociar prazos e descontos em função do volume de compras. Esse registro possibilita identificar em quais fornecedores há mais atrasos ou falhas, o que pode comprometer os prazos de entrega e a reputação na loja.

Validade ou lote (quando houver)

Para empresas que vendem bens com data de validade (cosméticos, alimentos, suplementos), é indispensável ter colunas indicando lote e data de vencimento. Isso evita a venda de produtos vencidos, protegendo o consumidor e a marca de problemas legais.

Armazém ou localização

Quem opera com mais de um armazém ou usa planilhas para controle tanto de um depósito próprio quanto de fulfillment terceirizado, precisa rastrear onde cada produto se encontra. Assim, é possível despachar do local que ofereça menor custo de frete e prazo mais rápido. Manter esse campo atualizado reforça a integração com a logística e evita confusões de envio.

Indicadores de giro e cobertura

  • Giro de estoque: quantas vezes, em média, o seu estoque é renovado em um período.

  • Cobertura: número de dias (ou meses) que o estoque atual suporta, considerando a média de vendas diárias.

Esses indicadores devem estar presentes se você já trabalha com grande volume de dados. Eles ajudam a tomada de decisão sobre aumentar ou diminuir pedidos ao fornecedor, criando estratégias para reduzir custos com armazenamento e prevendo a necessidade de promoções para girar itens lentos.

Campos de anotações

Podem existir eventualidades: lote retornado, falha do fornecedor ou mudança de fornecedor. Ter um campo de observações possibilita rastrear incidentes, servindo de histórico para otimizar processos e cadastros de produtos no futuro.

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3. Quais são os 7 principais métodos de controle de estoque?

A abordagem de gestão de estoque é fortemente influenciada pelo método escolhido para avaliar custos, giro e reabastecimento. Vejamos sete métodos usuais, que podem ser registrados ou adaptados em modelos de planilhas ou no ERP:

PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair)

Foca em vender primeiro os itens que chegaram antes, minimizando riscos de obsolescência ou vencimento. É a escolha de muitos e-commerces que lidam com prazos de validade.

UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair)

Pouco aplicado no Brasil por restrições contábeis, vende primeiro os itens mais recentes. Ajuda em cenários onde o item mais novo tem custo menor, mas não é geralmente adotado no e-commerce local.

Custo Médio Ponderado

Cada vez que há compra, recalcula-se o custo médio unitário. Bastante indicado para quem tem compras frequentes a custos variáveis, pois suaviza oscilações de preço e facilita contabilidade.

Just in Time (JIT)

Os produtos chegam à sua operação quase no momento de serem vendidos, mantendo “zero” ou mínimo de estoque. É eficaz se o fornecedor tiver alta confiabilidade. Caso contrário, rupturas acontecem facilmente.

Dropshipping

Você não armazena o item; o fornecedor envia diretamente ao cliente. Exige grande confiança no parceiro, pois problemas de atraso ou qualidade afetam seu branding.

Cross-Docking

A mercadoria passa rapidamente pelo seu centro de distribuição e já segue para o consumidor final, minimizando armazenagem. Em grandes operações, exige sistema de gestão integrado, pois qualquer falha no alinhamento de horários complica a entrega.

Vendor Managed Inventory (VMI)

O fornecedor fica responsável por monitorar o estoque e repor quando atinge um nível acordado. Exige parcerias sólidas, mas alivia parte do trabalho de reabastecimento.

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4. Como fazer uma ficha de estoque?

A ficha de estoque é um documento — físico ou digital — que registra todas as movimentações de cada item (entradas, saídas, devoluções). Embora possa parecer algo básico, ela confere grande transparência ao processo, ajudando a manter um controle sobre possíveis desvios. Em e-commerces de médio a grande porte, a ficha costuma ser digital, mas pode ser impressa periodicamente para conferências pontuais.

Identificação do produto

Na ficha, cadastros de produtos devem conter SKU, descrição, lote (se houver) e fornecedor, garantindo que não haja dúvida sobre o item. Sistema de gestão e planilha se complementam nessa identificação, pois o objetivo é eliminar qualquer confusão entre variações parecidas.

Registro de movimentações

Para fazer o controle adequadamente, anote:

  • Data e hora da movimentação;

  • Entradas e saídas (quantidade que entrou ou saiu);

  • Saldo final após a movimentação;

  • Motivo ou tipo (venda, devolução, transferência de armazém).

Esse “log” simplifica a rastreabilidade em caso de auditorias ou reclamações de clientes.

Observações e anomalias

Erros de contagem, perda de produto, dano no transporte, trocas… Tudo isso deve estar anotado para que seja possível identificar pontos de melhoria e reduzir custos.

Saldo e valor total

Além de registrar a quantidade, pode-se manter um campo calculando o valor total em estoque daquele item, considerando o custo unitário ou método de apuração escolhido (custo médio, PEPS etc.). Assim, a planilha também serve como instrumento contábil básico.

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Conclusão

Gestão de estoque é um componente indispensável para quem já está em um patamar de faturamento alto no e-commerce. Para sustentar o crescimento, é preciso fazer o controle eficiente de cada item, dominando entradas e saídas e mantendo todas as informações atualizadas. Uma boa planilha de controle é, muitas vezes, o primeiro passo rumo a um sistema de gestão mais sofisticado. Ainda assim, mesmo depois da adoção de soluções automatizadas, modelos de planilhas bem estruturados podem servir de referência ou backup, garantindo que controle de estoque é conduzido com precisão.

  1. Defina colunas e periodicidade: Cadastre SKU, datas, quantidades, valores e estoque mínimo para cada produto.

  2. Integre a planilha ao seu ERP ou HUB: Sincronize dados para evitar divergências e, além disso, crie procedimentos de conferência periódica.

  3. Use métodos de estocagem coerentes: Selecione se vai operar por PEPS, custo médio, cross-docking etc., conforme seu perfil de vendas e fornecedores.

  4. Mantenha fichas de estoque: Em caso de dúvidas ou falhas do sistema, ter um registro físico ou digital com passo a passo de movimentações ajuda na correção de erros e na transparência.

  5. Analise o valor total do estoque e crie indicadores**: Assim, você tem embasamento para tomada de decisão, seja para adquirir mais mercadorias, seja para promover determinados itens e reduzir custos de armazenagem.

Seguindo essas recomendações, sua operação terá controle sobre itens em múltiplos armazéns ou fulfillment, evitando rupturas e garantindo a margem de lucro necessária para continuar crescendo. Diante de um mercado cada vez mais competitivo, uma boa planilha de controle, aliada a práticas sólidas de logística, constitui uma vantagem real, permitindo que o e-commerce expanda sem tropeços na parte operacional e mantenha a satisfação dos clientes.

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