25 de março de 2025
O império da fast fashion tem um novo nome no topo: Shein. Segundo levantamento recente da GlobalData, a marca chinesa conquistou a maior participação de mercado no setor da moda em 2024, com 1,53% do market share global. O feito representa um avanço significativo em relação ao ano anterior e posiciona a Shein à frente de marcas tradicionais como Zara (1,24%), H&M (1,06%), Nike e Gucci.
O crescimento meteórico da Shein se deve a uma combinação de estratégias ousadas e inovação em e-commerce. A empresa aposta fortemente no modelo de produção sob demanda, que permite lançar milhares de novos itens semanalmente com base em dados de comportamento do consumidor. Isso significa que, em vez de prever tendências, a Shein reage quase em tempo real ao que os usuários estão buscando — transformando likes e cliques em produtos disponíveis para compra em poucos dias.
Além disso, os preços ultra competitivos continuam sendo um dos principais atrativos da marca. A proposta de valor acessível — especialmente entre consumidores jovens — segue em alta. As redes sociais, especialmente TikTok e Instagram, também desempenham papel central, com campanhas virais, influenciadores e o uso de conteúdo gerado pelo usuário.
A ascensão da Shein é ainda mais impressionante quando comparada à retração de outras grandes marcas. A Nike, por exemplo, perdeu 0,15 ponto percentual de market share em 2024, mesmo sendo ainda uma das líderes no setor esportivo. Já a Gucci, ícone do luxo aspiracional, caiu 0,10 ponto percentual, ficando com apenas 0,38% de participação. Segundo a consultoria, marcas voltadas ao luxo acessível enfrentaram mais dificuldades, enquanto nomes de luxo “real”, como Chanel (0,59%) e Hermès (0,55%), mantiveram crescimento estável.
Essa mudança mostra uma nova dinâmica de consumo global, onde acessibilidade, variedade e velocidade superam herança de marca ou status. A moda deixou de ser apenas estética e passou a ser orientada por dados, comportamento de consumo e performance no digital.
O domínio da Shein no varejo fashion é também um sinal claro para empreendedores do e-commerce. Marcas digitais que souberem usar dados, adaptar produtos rapidamente e se comunicar com o público de forma orgânica terão mais chances de crescer e competir com players maiores. A estratégia da Shein de apostar em campanhas com influenciadores, social commerce e segmentação por nicho é uma lição para qualquer seller que deseja se destacar no marketplace.
No Brasil, a marca tem investido em logística própria, inclusão de vendedores nacionais e parcerias locais. O público brasileiro responde positivamente às campanhas e à variedade de produtos, consolidando o país como um dos principais mercados da Shein fora da Ásia. A perspectiva para 2025 é de mais expansão, com foco em categorias além da moda, como eletrônicos, beleza e até itens para casa.
O sucesso da Shein sinaliza uma ruptura importante com os modelos tradicionais de moda e varejo. Ela representa a transformação digital definitiva do setor, onde dados, velocidade e experiência do cliente importam mais do que desfiles, branding tradicional ou presença em lojas físicas.
Para quem vende online, a lição é clara: o futuro pertence a quem entende o comportamento do consumidor e reage rápido. E nesse cenário, a Shein mostra que agilidade, tecnologia e estratégia superam até os maiores nomes da moda mundial (situação parecida inclusive, com vários de nossos mentorados que conseguiram superar grandes marcas com suas operações em termos de vendas nos marketplaces).
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